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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Madrugada


Madrugada molhada de orvalho.
É a hora do dia mais gostosa, mais serena.
As ruas estão desertas, o céu ainda está escuro e salpicado de estrelas.
As árvores sussurram baixinho, abanando os ramos compassadamente, as gotas de orvalho soltam-se das flores e deslizam até ao chão fresco que cheira a terra molhada.
Os pardais acordam e, abrindo preguiçosamente as asas, gritam bons dias ao sol, com toda a força dos seus pequenos pulmões.
Naquele jardim solitário, bem apertado entre os prédios altos que desafiam os céus, o perfume das dálias é intenso e espalha-se em redor. Os anjinhos da fonte parecem sorrir ao deixar a água cair das suas ânforas de pedra esculpida.
Os pombos debicam já, algumas migalhas de pão que uma velhinha madrugadora lhes atirou.
O sol já nasceu e a cidade desperta aos poucos.
Olho uma vez mais para o jardim, antes de regressar a casa e me meter na cama.

Como é lindo o amanhecer de um novo dia!!

Sweet

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