Seguidores

sábado, 9 de outubro de 2010

MARVÃO - ALTO ALENTEJO - PORTUGAL

Vila de Marvão localiza-se no Distrito de Portalegre, região Alentejo e subregião do Alto Alentejo, com cerca de 645 habitantes.


Situa-se no topo da Serra do Sapoio, a uma altitude de 860 metros.








São muitos os sítios a visitar nesta encantadora vila medieval de casas encostadas entre si e alojadas em ruas estreitas e sinuosas.


O Largo do Pelourinho surge no final da Rua das Portas da Vila. Aqui, para além deste marco jurisdicional, classificado como Imóvel de Interesse Público em 1933, encontra-se também o edifício dos antigos Paços de Concelho, ladeado pela torre do relógio e por uma torre sineira e mais acima, a caminho do castelo, a Casa do Governador militar da praça, com as suas sacadas de ferro forjado do século XVII.









Mas, o que mais se destaca nesta vila é a harmonia da construção comum, dos edifícios nobres e das construções religiosas. Este facto é realçado pelas casas entrelaçadas entre si, criando uma massa compacta uniforme e muito agradável.








Os casarios e as igrejas, com paredes em alvenaria de pedra agarrada com cal, quase se confundem pela falta de grandiosidade a que a Igreja nos habituou.

Com formas góticas, renascentistas e barrocas, as estruturas das igrejas foram aqui "trazidas à terra", dando uma sensação de ligação à realidade.
















O castelo inscreve-se hoje no Parque Natural da Serra de São Mamede, onde se ergue na vertente norte da serra, em posição dominante sobre a vila e estratégica sobre a linha da fronteira, controlando, no passado, a passagem do rio Sever, afluente do rio Tejo.




Esse facto garantiu-lhe a atenção de diversos monarcas, expressa em diversas campanhas de remodelação, que deram ao monumento o seu aspecto actual.



Inscrito em região de grande diversidade natural, onde se encontra uma grande variedade de espécies raras e ameaçadas, o castelo foi conhecido como Ninho de Águias, devido a essa espécie que outrora nidificava no seu topo.

À época da Inquisição, assim como Castelo de Vide, Marvão foi utilizada como um lugar de refúgio pelos judeus espanhóis, os chamados sefarditas.






cisterna do castelo
 



 LENDA DE NOSSA SENHORA DA ESTRELA

Nos idos do século VIII, sem conseguir resistir ao avanço dos muçulmanos na região, os habitantes de Marvão abandonaram as suas terras para buscar refúgio nas montanhas das Astúrias, onde se mantinha viva a resistência cristã. Antes de partir, porém, trataram de esconder as imagens sagradas. À época da Reconquista, passados mais de quatro séculos, afirma-se que em uma noite, um pastor guiado por uma estrela, dirigiu-se a um monte onde encontrou, entre as rochas, uma imagem de Nossa Senhora. Em sinal de devoção, foi erguido nesse local um convento franciscano (Convento de Nossa Senhora da Estrela), tendo a Senhora se tornado protectora do castelo. Com relação a essa devoção em particular, conta-se ainda que, uma noite em que forças castelhanas, conduzidas por dois traidores, se aproximavam sorrateiramente do castelo para o assaltar, ouviu-se na escuridão uma voz feminina que bradava Às armas!. Enquanto os sentinelas avisavam a guarnição para se pôr a postos, puderam ser vistos os castelhanos em fuga descendo a encosta, assustados.



O mês de Outubro é sinónimo de Festival Islâmico em Marvão. Trata-se da Al Mossassa, a festa que celebra a fundação de Marvão por Ibn-Maruán



Não é, certamente, o único evento de atmosfera medieval a ter lugar no calendário festivo do nosso país, mas é, absolutamente, um dos mais coloridos, animados e deslumbrantes, constituindo uma oportunidade preciosa de experienciar a História e a cultura em todo o seu esplendor. Desde artesanato islamico, bailarinas de dança oriental, cavaleiros berberes, camelos, aguadeiros, bufões, vendilhões e encantadores de serpentes...a beber um chá de menta numa tenda tradicional berbere ou a admirar o voo de um falcão peregrino. Assistir aos espectáculos musicais, ou provar as iguarias da gastronomia islâmica.


  




ALGUNS MONUMENTOS MEGALÍTICOS NO CONCELHO DE MARVÃO



O chafurdão ou furdão, é um tipo de construção, cuja silhueta em muito se aproxima à da choça, mas cuja estrutura é totalmente divergente.

Na verdade, já alguns estudos sobre os chafurdões foram ensaiados, contudo, nenhuma certeza ainda existe, quer quanto à sua função, quer quanto à data da sua construção.

 Desde sepulturas a casas de habitação, passando por abrigos de animais várias têm sido as opiniões dos investigadores sobre a razão de ser destas edificações. Se os arqueólogos e demais investigadores não são concordantes quanto à sua função, maiores divergências existem quanto à sua origem.

Durante várias décadas foram atribuídas aos Celtas. Mais tarde, com o desenvolvimento das investigações em Micenas, foram conotados com as construções de falsa cúpula do Mediterrâneo e atribuíveis à Pré-História recente. Outros autores preferem associá-las aos povos invasores provenientes do Norte de África.











Sepultura escavada na rocha















Necrópole Megalítica dos Coureleiros

O Parque Megalítico dos Coureleiros é constituído por cinco Antas relativamente próximas entre si, sendo igualmente conhecido por Necrópole Megalítica de Coureleiros, datando provavelmente dos IV e III milénios a.C..

A Anta 1 encontra-se algo degradada, não obstante ainda são visíveis três dos sete esteios graníticos que comporiam originariamente a câmara sepulcral. Dos vestígios arqueológicos encontrados nesta Anta destacam-se desde contas de colar, material cerâmico, pontas de seta e placas de xisto.

A Anta 2, também conhecida como Anta Grande dos Coureleiros é um dos maiores monumentos megalíticos que se tem conhecimento no concelho de Castelo de Vide. Embora também degradada, são ainda visíveis sete esteios que comporiam primitivamente a câmara sepulcral.





A Anta 3 terá sido edificada entre o período Neolítico e o Calcolítico, estando hoje em dia já muito destruída, sendo ainda visível parte da mamoa.

A Anta 4 apresenta uma planta poligonal, com cerca de 3 metros de diâmetro e 2 de altura, apresentando dos sete originais, seis esteios, dos quais apenas três se encontram, hoje em dia, inteiros. Esta estrutura tem sido utilizada ao longo dos séculos para variadas funções, mormente agrícolas.

Todas as Antas estão classificadas como Imóveis de Interesse Público desde 1997, à excepção da Anta 2 que se encontra classificada como Monumento Nacional desde 1910.


Menir da Meada

Descoberto em 1965, o Menir da Meada é o maior Menir da Península Ibérica com cerca de 4 metros de altura a partir do solo, e um diâmetro máximo de 1,25metros, pesando cerca de 15 toneladas.

Classificado como Monumento Nacional, o Menir da Meada terá sido erguido no Período Neo-Calcolítico numa área rica em vestígios megalíticos, aparentemente alinhados entre si.



O Menir da Meada apresentava-se fragmentado, tendo sofrido alguns trabalhos de restauro que possibilitaram restituir a aparência original deste monolítico granítico de configuração fálica.





Para conhecer uma das mais bonitas rectas de Portugal, siga, de carro, pela estrada que vai passar em Portagem e pelo Clube de Golf de Marvão. Este caminho é ladeado por Freixos pintados com saias brancas reflectoras. O túnel formado por estas àrvores deixa qualquer um deslumbrado.




CASTELO DE VIDE

Castelo de Vide irrompe numa fresca colina da Serra de São Mamede, por entre as densas matas de oliveiras e soutos. A airosa vila, já chamada de "Sintra do Alentejo", é um museu vivo que concentra relíquias seculares de inolvidável beleza.




A mais antiga referência escrita conhecida sobre a povoação data de 1273, mas há autores que defendem que terá sido Pedro Annes que, em 1180, lhe outorgou o primeiro foral, seguindo-se-lhe em 1310 o de D. Dinis, que mandou construir o castelo, e posteriormente o de D. Manuel I.








Conhecida pelos inúmeros monumentos do passado, entre os quais se encontram valiosos vestígios arqueológicos da Pré-História e Alta Idade Média, dezenas de igrejas, encantadoras vielas que conservam o maior e mais belo núcleo de portas góticas em Portugal, Castelo de Vide dispõe também do privilégio de ser um dos mais reconhecidos centros termais de Portugal, possuir um clima ameno e situar-se perto da Barragem da Póvoa, um importante pólo de atracção turística a acrescer a esta vila cuidadosamente preservada.








O castelo de Castelo de Vide, poderá ter sido reconquistado aos árabes por D. Afonso Henriques, apesar de só por volta de 1232, esta povoação aparecer devidamente referenciada.


A importância deste castelo levou a alguns conflitos, nomeadamente entre os filhos de D. Afonso III, já que este monarca doou o castelo ao infante D. Afonso, que começou a reforçar as suas defesas, acto que seu irmão, o rei D. Dinis, achou suspeito, pelo que cercou o castelo e foi a intervenção do reino de Aragão que pôs fim à contenda.


D. Afonso IV, em 1327, conforme inscrição sobre uma das portas, mandou reforçar as defesas do castelo e sob o reinado de D. Fernando, é entregue à Ordem de Avis.

À semelhança de muitas outras fortalezas, durante a Guerra da Restauração, depois de 1640, foram-lhe introduzidas alterações para a utilização de artilharia. Alguns anos depois é alargada a sua estrutura defensiva e construído o Forte de São Roque.


Vista da base do castelo. Consegue ver-se Marvão ao longe

As guerras com Espanha e as invasões francesas, causaram grandes danos e esta posição militar foi desactivada. O castelo está classificado como Monumento Nacional, conserva as muralhas e torres, a Torre de Menagem e no exterior existem ainda parte das muralhas da vila e os edifícios dos aquartelamentos.




NISA

Nisa é uma vila localizada a poucos quilómetros de Castelo de Vide.


De uma vila algo desleixada com largos e praças em terra batida, como a recordo há 14 anos atrás, Nisa tornou-se uma vila limpa e bem cuidada. O castelo e área envolvente foram restaurados assim como toda a parte antiga de ruas estreitas. A praça principal convida a sentar nos muitos bancos que a rodeiam, o cheiro das flores dos jardins é intenso.





































4 comentários:

  1. Espectacular! As fotos são belíssimas. Que nunca percas o que não queres perder! Força!

    ResponderEliminar
  2. De lo que veo Sweet tenemos los gustes similares - hay tantas bonitas fotos aquí que uno no puede pasar indiferentemente viéndolas. Ese con el camino entre los arboles es fantástico. Espero que no me vas a mal mi comportamiento ya que la he copiado a mi colección privada. Como lo se dice en portugés -
    Tenha uma boa noite!

    ResponderEliminar
  3. Agora fiquei frustrado.
    Eu, que já estive algumas vezes nestas terras aqui retratadas, nunca, mas mesmo nunca, consegui fazer fotografias com esta qualidade e beleza.
    Muitos parabéns.

    ResponderEliminar