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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL

Volta Home - Ghana 2010


Natal quente
Natal do cheiro a capim
do pinheiro selvagem
plantado no jardim.

Natal escaldando!

O melhor Natal do Mundo
só pode ser ...(para mim)
o Natal africano!

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Nada como "fechar" o ano com uma foto do que há de melhor neste mundo. As crianças!

Que neste Natal voces sintam toda a alegria necessária para serem felizes a cada instante, que encontrem razões para continuar a viver sorrindo e fazendo amigos e que todos os desejos e sonhos se tornem realidade.

Estarei de volta no início do ano, cheia de fotos e de ânimo para receber de braços abertos o que o futuro me reserva. Até lá amigos, fiquem bem!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Lisboa



Ó Lisboa  minha musa
À  beira Rio  plantada
És a cidade mais Lusa
Desta Pátria minha amada.

Tu és verso e és poema
Cidade que nos ufana
Há oito séculos suprema
Como gesta Lusitana...

Inspiração de poetas
És tema de mil canções
Tuas ninfas predilectas
Já inspiraram Camões.

Ostentas reino lendário
Onde a saudade é reinado
No teu trono relicário
Vive um Rei chamado Fado...

E o que mais alto ressoa
No País das cinco quinas
É ver que a nossa Lisboa
Também tem sete colinas ...

Ó Lisboa da saudade
Nestes versos exaltada
Pelos teus dotes...CIDADE
És no mundo....A MAIS CANTADA !...

(Euclides Cavaco)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Trincheiras de medo em tempo de Natal..




É noite. Em meu redor, tudo explode em ruídos bombásticos que nos secam a voz.
Estilhaços atingem alguns dos meus companheiros, que gemem, escoando-se em sangue.
O som sibilante dos engenhos explosivos que caem, transformam-nos em ratos escondidos em tocas de pavor.

Entre nós, o silêncio é pesado, com excepção para o sofrimento que se perde entre os lábios gretados daqueles que jazem no chão enlameado.

O céu limpo, está semeado de estrelas.
Julgo executar um cântico de amor por entre a fraternidade involuntária que, desde há horas, une os soldados desta trincheira perdida em território inimigo.

Um murmura : - "É Natal....".

Relembro o badalar lento do relógio de sala de jantar da minha casa, o pinheiro iluminado, a lareira acesa...

Mais ou menos por esta hora, a minha mãe, envergando o seu melhor vestido, com uma gola de renda a rodear-lhe o pescoço, entrava e pousava a ceia na mesa por ela própria decorada. Esta, coberta pela toalha bordada com esmero, herança da avó, onde raminhos de bagas de azevinho alegravam o conjunto, maravilhava-nos a todos pelo que sobre si continha e pelo que para nós representava aquele ritual anualmente repetido.

O pai, muito solene, no seu colarinho engomado e gravata posta a rigor, dirigia-se para o seu lugar à cabeceira, começando então a refeição.

O silêncio era a forma por nós escolhida para saborearmos em plenitude os momentos deliciosos que antecediam a meia-noite. Esta mágica, surgindo do nada, transportava-nos a tempos longínquos, onde a injustiça já marcava o coração dos homens. E um deles, na sua condição assumida até às últimas consequências, conseguiria alcançar, através de constantes rasgos de coragem e abnegação, que a sua luta pelo amor e pela paz chegasse até aos nossos dias, senão na prática e acções de cada um, pelo menos na memória de muitos.

Olhando a estrela mais bela do firmamento celeste, encaro a minha condição de homem, também esquecida, também esmagada, nas secretárias dos senhores da guerra.

E a pontaria certeira dos archeiros do céu, provoca a explosão derradeira de uma pequena trincheira onde meia dúzia de homens, apáricos, sós, lembram vagamente o Natal.....

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Mensagem de NATAL


Ghana - 2009


Com a Felicidade do Meu Sonho

Com um lápis desenhei:
A felicidade, a bondade,
O amor e a lealdade.
Com uma borracha apaguei:
O ódio, a guerra, a mentira e o sofrimento.
Com uma moeda comprei:
Alimentos para quem tinha fome,
Roupa para quem tinha frio,
E um lar para quem não tinha abrigo.

Com a felicidade do meu sonho,
Desenhei o desejado,
Apaguei o errado
E fiz sorrir.

(Estrela Polar)



Ghana - 2009


Toco a tua ausência



Só para afastar esta tristeza
para iluminar meu coração
falta-me bem mais tenho a certeza,
do que este piano e uma canção.
Falta me soltar na noite acesa
o nome que no peito me sufoca,
e queima a minha dor.

Falta-me solta-lo aos quatro ventos
para depois segui-lo por onde for,
ou então dize-lo assim baixinho
embalando com carinho,
o teu nome, meu amor.

Porque todo ele é poesia,
corre pelo peito como um rio
devolve aos meus olhos a alegria
deixa no meu corpo um arrepio,
porque todo ele é melodia
porque todo ele é perfeição.
É na luz que vem.

Falta-me dize-lo lentamente
falta soletra-lo devagar,
ou então bebe-lo como um vinho,
que dá força pro caminho
quando a força faltar.

Falta-me solta-lo aos quatro ventos
para depois segui-lo por onde for,
ou então dize-lo assim baixinho
embalando com carinho,
o teu nome, meu amor.
Porque todo ele é melodia
e porque todo ele é perfeição.
É na luz que vem.

Falta-me solta-lo aos quatro ventos
para depois segui-lo por onde for,
ou então dize-lo assim baixinho
embalando com carinho,
o teu nome, meu amor.

Miguel Gameiro

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Make love..



Sometimes we make love with our eyes.
Sometimes we make love with our hands.
Sometimes we make love with our bodies.
But we should always make love with our hearts.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Provocação



Levas o copo à boca num gesto sensual, mordiscas o vidro, provocando-me.
Pretendo que não te vejo, mas tu roças em mim, e o desejo de à pouco apodera-se do meu corpo, vibrando.
É impossível saber até onde levar as palavras, por isso calamo-nos.
Sinto os teus lábios nos meus seios, fecho os olhos, deixo-me despir mansamente.
Somos como a esperma da primeira vez, estendida ao longo, lambes depressa o clítoris como se o galopasses.
Havemos de o fazer o Verão todo e todo o Verão, como se o calor seja o nosso refrescante, e de adormecer no espaço das pernas, depois de, muito depois, de sentir o orgasmo trepar.
És um pássaro e eu deixo-te poisar, no território suave dos meus desejos, no interior dos meus lábios, em baixo, e rasgá-los lentamente.
Acaricio-te os cabelos, que a mansidão do teu corpo está sobre o meu, calaram-se à pouco o murmúrio dos nossos corpos rente aos lençóis.
Poisas devagar o corpo vazio, começas a ler o que escrevi.
Pretendo que não te vejo, mas é impossível fugir aos teus olhos que me abraçam, é impossível não me deixa despir ...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Liquid gold ?



A golden tinge or silver grey,
Now, a fiery orange bright,
Yellow rays are seeping through,
Liquid gold or love’s own hue,
Pink or is it flesh tint?
I just can’t make up my mind,
Such colors in my palette, I can never find.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Coimbra

Sun rising - Coimbra - Portugal


Fado de uma vida

 Amanhecer faz-nos pensar.
Sem depender d'onde estamos,
Nasce a força devagar.
Uma luz que precisamos
Uma luz para navegar

Amanhecer faz - nos sentir.
Sem depender quem somos,
Uma força parece unir,
Ser o que já fomos
Ser Grande e partir.

Luís Alvelos

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Tarde de Verão


Hoje estou com saudades...
Saudades de tudo e de nada.
Saudades de ti, de mim,
dos dois juntos...
Saudades de sentir o mar beijar meus pés,
da brisa quente que me envolvia.
Saudades da tua mão na minha,
dos teus lábios nos meus cabelos.
Saudades das palavras doces
que aceleravam meu coração..

Hoje estou com saudades...
das tardes quentes de Verão!


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Deserto

Dunas de Erg-Chebbi - Marrocos

Banhado pelo som do silêncio, interrompido de quando em vez pelo ruído da areia que toca o cume das dunas, é um lugar de excelência que convida à paz e à reflexão.
Aqui, neste deserto de areia fina que escorre por entre os pés descalços, eu sentei... e chorei!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Pôr-do-Sol


E se aquele pôr do sol fosse eu?
Se eu desaparecesse assim?
A minha vida, e tudo o que sucedeu...
Eu não passaria de uma flor de jardim
E na verdade, posso não ser o pôr do sol
Mas os momentos são mais fugazes que isso
E o tempo algo extremamente impreciso

Eu, eu sou apenas uma folha ao vento
Vendo mil pôr do sois
Aproveitanto cada escasso raio, cada momento
Mas não consigo ter a segurança da manhã
Não me fio em Deus, sou como que pagã
E miro o pôr do sol, temendo a noite
E agradecendo a sorte
De um ultimo raio de luz
Daquele doce brilho, que tanto me aquece
Essa luz que me esquece
Mas que tanto me seduz...
de Sara Oriana